10/02/2008

História de Nós

Nos encontros em que preparávamos, eu , Gabi e Karen, a oficina “Escrevivendo” para uma nova turma que se formaria, discutíamos o objetivo do Projeto, sua razão de ser, sua essência!Claro que nosso foco era a escrita, a produção textual, mas o caminho a ser seguido era nosso real objeto de discussões. Ao longo do processo alguns caminhos foram traçados, algumas escolhas foram feitas: era a nossa vontade de que fosse verdadeiro, de que fosse vivo e pulsante, de que fosse a descoberta de novas sensações, uma abertura para novas paixões. Este foi o sentido que atribuímos ao nosso trabalho, o que acreditamos que era o “direito á Literatura” e conseqüentemente e naturalmente o “direito a escrita”. Quando tudo já era uma grande paixão nos debruçamos sobre os diversos tipos de artes; músicas, figuras, filmes, prosa e poesia em seus diversos gêneros, a fim de apagar os limites que nos foram impostos para a contemplação das artes. Derrubando as barreiras que nos separam o tempo todo, entendemos que o “outro” tinha que vir mais perto, tinha que se sentar ao lado, tinha que nos tocar, tinha que nos transformar, nos perturbar,ele deveria inverter os lugares e de repente no confundir, nos invadir e nos deixar sem saber...nós, perdidos numa parte de alguém sem parte, num vazio cheio de possibilidades, numa fusão ou diluição. Então o “outro” começou a nascer como uma “flor no asfalto”, deslocado, mas flor, se olhou no espelho tinha muitas faces, rompeu, mais uma vez, estilhaçado.... pode então olhar com olhos de dentro e perguntou: quem sou eu?

Lívia

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